quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Dos inferninhos e daquela casa..

Foi no mês de Julho, dois anos atrás. Me lembro que naquela época bissexualidade estava na moda. Meninos e meninas beijavam bocas do mesmo sexo. Se tocavam. Eu só pude me aproveitar de todas as meninas e meninos que passavam pela minha mão, pela minha língua e por meus pêlos.
Eram corpos descartáveis.. pessoas que não tinham a menor inteligência. Tudo bem, porque eu queria mais é que todos se fodessem, o que me interessava eram suas cuecas e calcinhas. Pelos inferninhos e cantos escuros todos se pegavam. Mordia lábios, machucava a cintura e pressionava meu pau contra suas coxas.
Enfim.. no meio dessa 'moda' toda, um dia encontro o meu vizinho. Em Julho, então, saímos com uns amigos em comum para o centro da cidade - aquela zueira idiota de beber vinho barato, cerveja, uns pegas pelas esquinas. Mas naquele dia ele iria conhecer um outro lado disso tudo. Encontrei com o cara que me apresentou o traficante - que na época eu tinha catorze anos - e nós iríamos para a festa de aniversário dele.
Antes de chegarmos lá, nos compramos cocaína e mais umas cervejas - trinta latas. Chegando lá, drogas e bebidas em cima da mesa. Belíssimos garotos de programa desfilavam por lá. Um sobrado com uma bela piscina, vários carros caros na garagem, um jardim. Confesso que um me chamou a atenção, era um loiro alto, forte, barba por fazer, chapéu de cowboy.. mas ele estava com o dono da festa, e por mais que eu tivesse intimidade com ele, não ousaria atravessar seu caminho. Mesmo estando lá por própria vontade, eu queria muito que alguém me tirasse de lá. Numa mesa no canto, um homem - visivelmente drogado - falava bobagens pra todo mundo, ameaçava sacar a arma. Eu precisava que alguém me tirasse de lá o mais rápido possível. Dentro do sobrado uma mulher fumava maconha e assistia televisão enquanto algumas pessoas se pegavam no sofá ao meu lado. Precisava sair de lá. Não lembro em que momento eu saí, nem se algo relevante aconteceu. Só sei que só fui relaxar quando eu estava em casa, na minha cama.. pra onde eu poderia não ter voltado.



UPDATE:
Isso foi a dois anos atrás, e foi a última vez que o vi. Hoje em dia meu contato com esse tipo de gente é bem restrito. A falta de detalhes nesse texto se deve ao fato do meu excessivo uso de álcool e drogas na época, fazendo com que alguns detalhes me fugissem a mente.
Dia 17 vou para São Paulo - Capital, ficarei uma semana. Baladas, Bares e Show da Madonna. Sábado, dia 20, estarei na The Week.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Do traficante e da euforia..

Foi logo quando eu comecei a passar as madrugadas fora de casa. Eu tinha catorze anos - ele vinte e um - e definitivamente não fazia idéia do tipo de gente que iria conhecer. Como de costume, eu esperei meus pais dormirem, peguei a chave de casa e saí. Eu não sabia direito aonde estava indo, sabia que tinha que encontrar aquele que foi meu primeiro beijo - não minha primeira transa.
Eram umas onze horas quando o encontrei na esquina de uma padaria no centro, me esperando com cerveja e maconha. Enquanto ele bolava o mais lindo baseado que eu já vi na vida - fininho e perfeito - ele me falava que iríamos pra casa de um amigo, e que eu iria adorar. Chegando no apartamento, de certa forma elegante, tinha uma bicha gorda sentada na chão, se entupindo de whiskey em frente a uma mesa de centro. Ao lado um outro viado metido. Mesmo tendo somente catorze anos naquela época, sempre tive uma ótima cabeça para a minha idade, nunca tive postura de moleque, o que facilitou com que eles me aceitassem sem nenhum problema.
A madrugada foi entrando enquanto aquele gordo me falava de dois garotos de programa que haviam - a pouco - deixado a apartamento, mostrando as cuecas deixadas pra trás. Me falava das posições, das cores e dos tamanhos. Eu ia bebendo cada vez mais whiskey. Num determinado momento da noite, o telefone toca e ele - o dono da casa - fala: 'Não atende, é a polícia'. Aquela frase me deixou de certa forma assustado, mas a excitação era maior. Beijava na cozinha imaginando que talvez, a qualquer momento a polícia poderia entrar. Mais do que beijava, tocava. Ainda lambia, pedia e mordia por entre meus lábios, pelas minhas pernas que tremiam. Catorze e vinte e um.
Enquanto o telefone tocava, ele tirou um prato cheio de cocaína de baixo da mesa de centro. Foi uma visão interessante.. ver aquele porco ditador, gay e rosa, cheirando e bebendo sem parar, mostrando repentinas alterações de humor. Dias depois fui descobrir que ele era traficante, e já tinha até aparecido no Fantástico sendo preso. No dia seguinte, fui pra aula cheirando alcóol. Um garoto de catorze anos, estudante do primeiro ano do segundo grau, alguém imagina?

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Das noites frequentadas..

Acho que a época em que eu realmente comecei a frequentar baladas foi aos quinze anos. RG falso, claro. Os comentários do pós-balada eram - visto de hoje - sempre os mesmos, de como a balada foi foda e como foi bom fazer isso ou aquilo. Mas eu estava na verdade me esvaziando cada vez mais. Me lembro que numa noite daquelas, eu - na época com 17 anos - fiquei com um homem de 41, me insinuei, fui atrás, perguntei a idade, e beijei. Nunca soube seu nome. Na verdade, nunca cheguei a ver direito o seu rosto. O ambiente nunca muda, os corpos bonitos são os mesmos, os corpos feios também. O papo é o mesmo, aquela porra daquelas gírias são as mesmas. Bebidas alcoólicas descendo pela minha garganta, drogas pelo meu nariz, boca, sangue. Meu sexo devorado numa cabine de banheiro, e eu descendo para o último patamar. Porra.
Aquele ambiente de alegria - ou será que era somente eu, que, no fundo, não gostava? - tomado por homens, mulheres, jovens e 'velhos'. Um bando de filho da puta.
Eu via os caras que eu queria com outros enquanto eu bebia sozinho no bar, ou me drogava no banheiro torcendo para que todo esse consumo me matasse. Dançava ridiculamente pelas luzes, fingindo que, de repente, eu já não estivesse mais ali, e que alguém me levava pra casa. Eu era dono de uma lesão cerebral psicológica provocada pelo excessivo uso de drogas e bebidas ao longo daqueles dias, daquelas estações e daquelas músicas. Acho que eu queria que alguém me parasse, que alguém realmente se importasse. De qualquer forma, minha alma já deve estar quebrada demais para ser concertada.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Da situação que precisa mudar..

"Eu quero que vc fique serio com alguém, eu quero que vc encontre alguém que te valorize, que te faça bem, que te ajude a não se auto-destruir. Eu amo você."
Recebi isso ontem da minha prima, após ela ficar sabendo de mais uma noite de bebedeira e mais um final de semana de sexo. Vou contar, e que venham os tapas amargos e as palavras que machucam.
Antes.. um parêntese. Um amigo meu veio, ontem, me contar de como ele dá em cima das mulheres que trabalham com ele, e de como ele tem tesão em japonesas. O fato de ele ficar dando em cima de pessoas no ambiente de trabalho me deixou um pouco surpreso com o fato de sexo estar, realmente, em todos os lugares. Depois eu me lembrei do que fiz, e compreendi.
Bom.. ocorreu no dia quinze deste mesmo mês, sábado passado. Quando vejo essas meninas no escritório, é claro que tenho vontade de cair com a boca entre suas pernas.. mas ao mesmo tempo, também tenho vontade de arrancar a roupa dos meninos da produção. Fui convidado, então, a ir para uma grande chácara com algumas pessoas do local onde trabalho. No começo estava um porre, não suporto sol, grama, terra. E aquele monte de gente com roupa popular (lê-se barata), papo hétero demais, piadinhas chatas. Numa situação dessa eu só pude beber pesadamente para tentar, de alguma forma, suportar aquilo. Enfim, vou pular a parte chata que foi arrancar a roupa e entrar na cachoeira, dar em cima das caras, das moças, beber beber e beber. Fiquei extremamente arrogante e folgado, exigindo tudo de todos, falando com superioridade, achando tudo muito chato.. acho que a falta de 'ação' me irritou a esse ponto. Chego num cara da produção, moreno, 35 anos, barriga trincada, e falei que ele era gostoso. Manipulei uma situação. Agarrei ele no banheiro, e tranquei ele na cabine.. infelizmente não rolou nada (até aquele instante, claro!) Do resto não me lembro muito. Quando cheguei na cidade, paramos numa padaria pra beber mais.. um desconhecido chamou a mim e a uma amiga para fazer sexo a três. Se minha amiga fosse um pouco melhor eu até iria.. mas não era meu objetivo naquele dia. No final eu estava dentro do banheiro da padaria, transando com o moreno. Sua mão na minha cabeça, a minha em suas pernas, nosso sexo um contra o outro numa batalha de fluídos. Suas palavras, meu jeito bêbado e aquele ambiente sujo. Muita coisa aconteceu dentro daquele banheiro, menos beijo (ok, uns dois somente.). Mesmo trabalhando no mesmo local, não o vi até agora.. com vergonha (medo?), ele foge.
I think I better keep it in check or I'll end up a wreck and I'll never wake up.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Das quarenta e duas horas sem dormir..


Semana passada um amigo da faculdade me falou: 'Deus deve te amar muito'. Ele se referia ao que aconteceu no final de semana do dia 30 de Agosto de 2008 - sábado. Não tenho uma fixação por final de semana pois na verdade saio mais durante a semana do que nos finais. Fazia um bom tempo - aproximadamente 1 ano - que eu não ia para baladas voltadas para o público GLBT, minha maior diversão era (ok, ainda é de certa forma!) caçar heteros em bares e baladas, misturar pessoas na cama. Confundir desejos, confundir o sexo, mesclar sensações. Entrava na mente. De qualquer forma naquele final de semana eu estava decidido a [me] destruir. Roupa cara, base, corretivo, pó compacto, lápis, rímel, sombra.. um rosto perfeitamente desenhado para esconder o que tem de podre. Dez horas da noite, algumas cervejas. Cocaína na esquina. Sete anfetaminas na fila da balada e mais bebida. Lá dentro todos os tipos e estilo, garotos se beijando e garotas se pegando. Ecstasy? Deixei pra última hora e não achei. Viado, bicha, sapatão, drag queen e travesti. Putas, Go-go boys, garotos de programa. Aquela música alta mascarando o ambiente. Uma imensidão de pessoas para se cumprimentar, coisas para se olhar. Ver e ser visto - acho que dá para ter uma idéia do porque eu enjoei. Cocaína e mais cocaína, banheiros sujos e cheios de fotos de pintos e peitos. Cerveja, absinto, whiskey, vodca, licores.. mais cocaína, vamos! Área VIP, bundas, pernas, beijos e corpos que vinham e iam, se mexiam e me mexiam.
Saí da balada as oito da manhã e passei num supermercado para comprar duas caixas de cerveja, depois fui pra casa da minha prima. Ficamos bebendo - e eu cheirando no banheiro da casa, disfarçando pra minha tia evangélica não perceber - até as três horas da tarde. Depois disso.. [broken] Home! Um banho para - de certa forma - tentar limpar a sujeira que eu sou, cabelo feito e roupas bonitas para [me] enganar ainda mais. Direto para o bar de um amigo e mais cerveja, caipirinha, tequila. Não fodi com ninguém naquele final de semana. O resultado de tudo isso foi sentir meu corpo fraco e desidratado.. e a grande quantidade de dinheiro gasta com drogas. How far will I last?

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Da minha temporada nos motéis..


Foram três meses frequentando motel. Diversos quartos, formas, camas, lençóis. Sexo no sofá, na cama, no chuveiro, no chão, na mesa. O que eu realmente me arrependo é de não ter - em nenhum momento - cheirado cocaína antes de trepar com ele. Hábitos meus que ele reprovava. Mas fiz, certamente, bom uso do meu humor alcoólico. Começamos a nos relacionar dois meses antes de eu fazer dezoito anos. Eu dezessete, ele vinte e sete. É incrível o poder que uma carne jovem tem, não?!
Ele sempre me tratou muito bem, me desafiava em jogos mentais pelos bares que percorríamos durante a noite. E terminava a madrugada percorrendo o meu corpo, dentro do meu corpo, através do meu corpo.
Espelhos no teto, na parede refletiam as nossas formas se encontrando, entrando um no outro, se atravessando. As vezes ainda sinto o cheiro daquele maldito perfuma barato que ele usava.
Enfim, em uma certa ocasião eu comecei a gostar dele, e fui homem para assumir e falar isso para ele. Todavia, a verdadeira não era recíproca, e como ele mesmo me disse, ele só queria sexo. Minhas atitudes destrutivas fazem com que eu queira me acabar - bebo, uso drogas, entrego meu corpo a desconhecidos, enterro minha alma. Dormi naquela noite mastigando a idéia de que era somente sexo. Me permiti viver isso e trepei como um animal no cio. Para quem não sabe - I'm straight up BDS&M, babe. Ele era forte, malhava, tinha braços e costas enormes, embora não era somente isso que fosse grande no seu corpo.
Fazíamos todas as posições, molhávamos a cama com suor, saliva e gozo. Éramos dois animais brigando. Um dia ele começou a gostar de mim, e um dia eu cansei. Não tinha mais prazer naquele beijo, naqueles braços. Não queria mais aquele cheiro, me cansei do gosto do seu pau. Já tirei tudo o que podia tirar dele, e mesmo ainda estando ao meu alcance, prefiro que ele vá.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Da virgindade perdida..

Na época em que isso aconteceu eu certamente sabia que não me sentia preparado para nada daquilo, mas mesmo assim eu sabia que eventualmente algo aconteceria, portanto, por que estender se eu podia simplesmente abrir as pernas e acabar com tudo isso?
Eu tinha treze anos, quase quatorze - ou na verdade eu já tinha quatorze, não me lembro! Ele tinha 23 anos e eu o havia conhecido a pouco mais de um mês através da Internet - pois é. Não consigo ficar muito tempo na Internet sem ver conteúdo pornográfico, e é melhor se tem alguém pra te falar palavras sujas, pra te lamber o sexo e perturbar a imaginação. Decidi me encontrar com ele perto de casa mesmo. Como disse eu era virgem e não tinha ficado com muitos garotos, estava um pouco assustado mas não demonstrava, ele não podia perceber minha insegurança, meu medo. Nos cantos escuros por onde passamos ele me pedia pra levantar a camiseta, queria ver meu corpo, queria me tocar - o que me lembrou um vampiro sedento por sangue, apreciando sua refeição para próprio deleite. O saldo daquele dia foi um lábio cortado, minha língua machucada pela sua voracidade, e uma boa chupada.
Nos encontrávamos todos os finais de semana e mesmo ele me falando dos outros meninos que pegava e me descrevendo o que faziam.. eu tinha uma necessidade de ficar ao lado dele. Ele foi minha doença favorita, e eu não queria me curar. O jeito como ele me colocava pra baixo e ao mesmo tempo me enaltecia me hipnotizava.
O sexo só foi acontecer um mês depois, dois talvez. Foi tudo muito simples e por isso não vou escrever muito. Coloquei ele dentro da minha casa quando meus pais saíram. Sentado na minha cama ele abaixou minha calça, me chupou.. tocou minhas pernas e entre minhas pernas. Me beijava, me acariciava.. Não lembro se ele me fez chupá-lo aquela noite, mas lembro de ele jogar seu corpo contra o meu, de entrar em mim. Não senti dor, mas também não senti prazer.. fiz aquilo pra ter certeza de que voltasse na semana que vem. O que se sucedeu nos outros meses foram uma série de marcas de mordidas e carne violentada. Enfim, minha verdadeira virgindade eu havia perdido bem antes daquela noite. Não sei se entenderão.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Do Marilyn Manson e do sexo na chuva..


Foi no meio de 2007 e nós não estávamos mais namorando, mas a atração física sempre foi forte.. suficiente para nos dar mais alguns meses de vida no começo desse ano. Enfim, o que eu realmente recordo é que era domingo e uns amigos meus de São Paulo - Capital iriam tocar numa casa de shows aqui. A extinta banda Mister Superstar - Marilyn Manson Cover da qual eu já tinha beijado dois garotos. Não somente eu, mas também uma grande amiga minha e foi uma intensa disputa de bocas, línguas e força, afinal eram - no meio da rua três - garotos e uma garota se beijando.
Mas o pedaço de carne que me interessa eu ainda não podia farejar. Ao entrar naquele ambiente - lotado - eu o encontro e ficamos conversando. Vodka, cigarro e cigarro, unha, banheiro e maquiagem. Mais vodka, vai. Entre todas aquelas pessoas que passavam, aquele odor, as bocas das meninas e os corpos dos meninos... Era somente ele que eu queria. Terminado o show - tanto da banda quando o meu show, minha unha, meu braço e minhas pernas vagabunda - eu me dirijo e ele falo: "Vamos pra outro lugar, agora!"
Lá fora chovia pesadamente, lá fora a luz era intensa e imensa, os carros gritavam - típica avenida. Pra que ir pra algum lugar reservado se seria mais interessante ali? Encostado na parede de um lugar que eu não sei ao certo o que era, nos começamos a nos beijar e nos tocar. Parava e respirava. Álcool. Enquanto ele devorava o meu pescoço e me prendia na parede eu só conseguia - enquanto sentia sua língua quente e seu firme - assistir aos carros passando e os faróis nos iluminando. Lembro dele arrebentando minha calça, pegando no meu pau, chupando, arranhando meu rosto. Todas as ações iam se repetindo em ritmo cada vez mais frenético, ele com a mão em mim. Puxava, mordia, arrancava meu suco. Ele gozou em meu abdómen e depois me beijou com aquele cheiro e gosto. Trinta minutos foi o que isso deve ter durado. Enquanto eu ando pelas mesmas ruas e me excito - sozinho - com a sua memória, alguém me diz que ele partiu e encontrou alguém que valesse a pena, foi ser feliz.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Da cola e do sexo na igreja..

Eu não queria fazer nada daquilo, mas como eu estava ali eu tinha que fazer. Foi naquela época escura da minha vida - devia ter uns 16 anos - e somente hoje percebo os perigos que escapei. Enfim.. esperei minha mãe ir dormir e me arrumei - um blazer preto, jeans skinny de botão, all star.. aquelas roupas que todos usam. Vagarosamente sai de casa e 'Pronto, estou livre'. Fui até uma praça no centro da cidade, uma cerveja no meio do caminho pra começar. Cheguei lá meus amigos estavam cheirando cola, e eu realmente não queria pois nunca fui muito afim, achava porco.. mas quem sou eu pra falar do que é ou não sujo? Se existe algo que eu preciso fazer, por qualquer que seja o motivo, então eu faço, mesmo que isso me consuma! Comecei a baforar cola e beber vodka.. porra, devia ser terça-feira e eu era uma criança, não deveria estar ali.
Um dado momento eu apaguei, não me lembro de nada, e acho que nunca vou lembrar.. mas quando eu voltei estava rodeado por alguns policiais. Eu só queria sair dali aquela hora.. que alguém me tirasse dali. (In)Felizmente não aconteceu nada, só levaram a cola e pudemos ir embora.

Dali saindo, tomei dois remédios tarja preta de uma amiga que trabalhava numa farmácia de manipulação.. Duas garrafas de vodka na praça principal, em frente a igreja. Acho que fumamos maconha também, não me lembro. Devido ao meu comportamento nada cristão, meu então namorado ficou nervoso comigo por sair por aí beijando meus amigos e amigas. O que ele fez? Transou comigo em frente a igreja, deitados no chão, devia ser umas 3 da madrugada. Na verdade foi um estupro, acima de qualquer outra coisa. Mas tudo bem, eu mereço ser castigado pelas minhas ações. Me levou pra casa e com um beijo me disse 'Falow aí'. Entrei em casa silenciosamente enquanto minha mãe e irmã dormiam.. de manhã, escola. Bosta, ainda sinto o cheiro e o gosto daquela época.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Da camiseta com sangue e do banheiro da faculdade..

Acho que foi dia 18 de Setembro ou uma semana antes ou depois - só sei que foi numa quinta. Na época em que eu ainda dava aulas claro que eu fantasiava com vários alunos/as. Posições, mãos, cheiros, cabelo, suor e gemido. Salgado e doce, tudo junto. Um em particular eu nunca realmente olhava - mesmo sendo um mulato bonito, modelo - mas ao saber que ele pegava meninos, e que me olhava.. tive que dar uma chance pra ele.

Depois de beber uns 3 litros de vinho - eu tenho esse humor alcoólico - fui me encontrar com ele. Na primeira vez que ficamos sozinhos já avisei a ele que não ia voltar pra casa chupando dedo. Enfim, num dado momento da noite ele me joga na parede e vai me beijando.. estava tudo muito chato, confesso! Pra animar a situação a única alternativa que vi foi esfregar meu corpo no dele de um modo diferente, e abrir minha calças, claro. Ele sempre soube da minha - enorme - queda pelo BDS&M, o que ele fez foi cravar suas unhas nas minhas costas, tatuando minha pele e minha roupa. Me puxava, me jogava, me abaixava e me subia, me lambia, me mordia, me marcava. Suas pernas lindas naquela cueca vermelha.. Foi bom toda a dose, admito, ainda mais pelo fato de não poder encostar em nada, com as costas em carne viva depois. Ainda não transamos, aquilo foi um aperitivo. As manchas de sangue na minha camiseta foram testemunhas na noite, e as marcar no meu corpo testemunhas do passado.

O casamento é, definitivamente, uma instituição falida - e eu já falei sobre isso antes. Ontem no corredor da faculdade passa um loiro, de uns 37 anos, se apalpando e olhando pra mim com aquele modo grosseiro, palavras baixas saindo no seu ar. Seria tão mais fácil se as pessoas simplesmente chegassem e falassem o que querem: "Quero chupar o seu pau, vamos ao banheiro?"

De qualquer forma, tentei resistir àquela insinuação toda.. tentei! Acabei entrando no banheiro com ele, anel no dedo. Enquanto entrava na cabine do banheiro, eu conseguia ver aquele homem esmagando minha cara contra o piso, meu sangue lavando aquele azulejo sujo. Para minha grande surpresa quem abaixou as calças não foi ele. O ponto máximo dessa deplorável situação foi quando ele tirou a boca do meu corpo, eu tive o prazer de cuspir ao lado dele. Quem é puto, então? Eu - por não respeitar nem a mim mesmo e deixar com que estranhos danifiquem meu corpo e espírito - ou ele, que tinha família esperando em casa e vai chupar pau na faculdade?
Terminei, podem jogar as pedras agora!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Da Sexta da Bebida e do sexo grupal na rua..


Certas lembranças me deixam físicamente mal, me causam náuseas - não sei explicar. Acho que tinha 16 anos quando eu frequentava a infâme Sexta Extra - vulgarmente conhecida como Sexta da Bebida. Não preciso - acredito eu - explicar que era um monte de adolescentes/adultos lotando uma 'avenida' com som alto, todo o tipo de gente se misturava.. emos, wannabes, punks, góticos, gays, lésbicas, junkies.
Me lembro que naquela noite eu estava numa escada de metal - já na rua - quando um grande amigo, com quem eu trocava algumas palvras em alemão, me ofereceu 5 cápsulas de anfetamina que eu tomei logo de cara com a ajuda de uma garrafa de Catuaba.
Logo em seguida só consigo me lembrar de estar cheirando cola em um terreno baldio e de sair correndo de uma viatura da polícia.
De modo geral muita coisa acontecia naquelas noites de sexta-feira. Na grande maioria era muita droga consumida (maconha, cocaína, cola, anfetamina, lança..) e muito álcool.. geralmente era tudo em uma noite, e tudo ao mesmo tempo.
Mas o que realmente marcou foi o sexo de madrugada, deitado no meio da rua. Me lembro de ter chupado duas amigas minhas com a ajuda da namorada de uma dela. Meu cinto virou chicote, e no meio da noite o cheiro das pernas foi a única coisa que eu dava atenção. Meu amigo encostado na parede olhava sem piscar para nossos corpos sujos na rua, se tocando.
Naquela época minhas noites eram bastante parecidas. Me machuquei muito, mas experimentei todas as sensações e pessoas. O que carrego daquela época é um vazio e muitas lágrimas, mas faria pior se precisasse repetir.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Dos bares, da balada e do sexo verbal..


Isso aconteceu dia 8 de Agosto de 2008, é claro que tudo começou com uma cara de sexta-feira normal. Primeiro um bar de playboy com uma amiga íntima, com cervejas e caipirinhas de absinto. Depois, por volta das 11h30 da noite, táxi de volta pra casa. O problema começa quando eu to sozinho. Já com um pouco de álcool no sangue eu não podia simplesmente deitar e dormir, eu tinha que ir até o limite - de novo! Saí e fui até um posto de gasolina comprar mais cerveja torcendo para que alguém me parasse no meio do caminho, cheio de segundas intenções. Acho que no fundo eu sabia que eu queria me vender novamente.
A única pessoa que passou foi um amigo que me viu na esquina, bebendo. Entrei no carro e ele já tira uma cápsula de cocaína. Bater, enrolar a nota, passar o cigarro, cheirar, fumar, fôlego, boca amortecida, fúria.
O único jeito foi beber mais e mais. Fomos para um bar mais underground com rockeiros, punks e oportunistas. Estava montado em arrogância, de social. Mais cocaína. Quem traz são aqueles rapazes de roupas largas, gíria na boca, vontade nas calças. Garotos oferecem discretamente o corpo se eu bancasse na balada; 'Eu deixo você fazer o que você quiser comigo se você me levar pra alguma balada!'
'O que eu quiser?'
'Sim'
'Você sem roupa.'
O sorriso denuncia a resposta, nada mais precisava ser dito. Mas eu disse que não.
Balada na cidade vizinha, entrada VIP, caipirinha de maracujá, duas latas de cerveja, uma música. Tchau.
Volto para o bar e encontro um casal de amigas lésbicas, cervejas e mais cocaína. Smirnoff Ice.
Até que sou abordado por um garoto que não conheço, e ele me diz 'Quero chupar você e a sua amiga, ao mesmo tempo'. Tentei convencê-lo de que não havia necessidade de ter uma garota, ele sumiu de repente.
Me lembro depois de estar na casa das minhas amigas, várias pessoas no banheiro, bebidas na geladeira e cocaína no mármore.
Como num impulso arranquei a roupa e nadei pelado as 5 da madrugada. Mais bebida e mais cocaína.
Quando fui embora, de carona com um conhecido - casado e com filhos - falei que queria comê-lo. Ele ficou de ligar.. mas na loucura não passei meu telefone. O texto está péssimo, mas eu estou com dor de cabeça.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Da mesa de bilhar e do quarto ao lado..

Minha intenção ao criar o blog nunca foi derramar aqui minhas lágrimas ou transformá-lo numa explosão emocional, muito embora eu já faça isso de certa forma e acredito que isso irá se intensificar cada vez mais.

Não me lembro bem quando foi que isso aconteceu, deve ter sido uns dois anos atrás. Pelo que me lembro tudo começou pela internet através de amigos em comum e marcamos - depois de uma certa enrolação - de nos encontrar no shopping, na cidade onde ele mora. Chopp, álcool pra começar, pra soltar. Todo aquele ritual, aquela conversa ensaiada, pensada, com as palavras certas. Nós sabíamos desde o início onde tudo isso iria terminar, e ainda assim existia um manual de boas maneiras a se percorrer - uma dança do acasalamento. Assim seguiu aquela conversa chata e sem conteúdo, mascarando vontades. Pode até ser que ele não tivesse intenção ou até mesmo vontade, mas eu não estava disposto a voltar pra casa sem um sabor, odor, mão.

Saímos de lá e fomos pra casa de uns amigos dele - que hoje também são meus amigos - onde bebemos mais (lê-se 'bebi') e jogamos bilhar (lê-se 'tentei jogar').

Provavelmente a culpa foi do vinho, ou da luz amarelada em cima da mesa junto com Inplástika no rádio. Aquilo foi bagunçando a minha mente, misturando meus pensamento de como que o que eu mais precisava fazer era degutar cada pedaço da sua carne. Tento sempre disfarçar, mas eu não tenho controle sobre o meu corpo. Via sua roupa marcando levemente o seu corpo.

Nessa hora o beijo já tinha acontecido, leve, tasteless, e nessa hora quem cantava era Chico Buarque e a maldita Geni. Construção.

Não me lembro ao certo de onde surgiu, mas houve uma cena de beijo, nós dois deitados sobre a mesa de bilhar enquanto os outros observavam e gritavam algo.

E o teatro todo foi durando e durando, eu mais e mais querendo acabar logo com tudo isso, fazer todos sumirem. Acho que o vinho já tinha acabado quando nós fomos para o quarto escuro ao lado. Acho que tinha uma estante com livro, não sei se me lembro de quadros.

Mas me lembro do beijo melhor, me lembro de ele ser menor. Me lembro de passar minha mão em seu corpo, prenssar meu sexo entre suas pernas, novamente uma dança. Vagabundo.

A certo ponto minha reação foi ajoelhar-me na sua frente, colocando seu pau pra fora e colocando em minha boca. Não tive tempo de fazer muita coisa, quase nada. Na verdade foi muito rápido.

Foi recíproco, ele também me chupou. Enfiou sua cara entre minhas pernas, meus pelos.

Nem metade do que eu quero fazer com ele.. Aguardo minha vez!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Do desafio lançado..

Eis o desafio.. Para quem associar o texto abaixo a uma musica bem famosa terá a sua disposição, se quiser, meus favores sexuais em (quase) todas as suas vertentes. Ou então os favores sexuais de alguém que eu possa persuadir.
Eis o texto:

“ Ela:
Queria lhe dizer que meu peito murchou como uvas-passas, minguou, pequeno e frágil, mas saiba que essa fruta logo apodrecerá até cair destes galhos retorcidos para enfim, em uma pródiga primavera, uma flor vermelha acalme este vazio.Posso até estar podre, mas você está perdido. Ainda sinto saudade porque não sou de pedra como o seu coração, eu sou o útero que você não tem, o útero que me faz sublime. Ainda colheu o meu amor como colhe de tantas outras vadias, mas eu me vingo dando-lhe a solidão dos outros corpos vendidos. Nunca mais me terá por inteira, para ti posso ser apenas a metade enfurecida. Eu fui o ponto máximo de sua vida e a sua queda foi fatal e perfeita ao meu ego. Já te vejo dançando sem par nenhum, todas as suas mulheres cansadas de sua beleza passageira. É, a sua pele deteriora a cada tragada de cigarro, a cada porre amargo. Está no caminho aonde os miseráveis vão para morrer. Nenhum amor sustenta-se sozinho, logo se deteriora, se rompe, se esfola. É triste, mas é a tristeza que acorda e modifica o homem. Não vivo de felicidades, nem de amor e súplicas; tenho o corpo marcado de todo um universo. Então não venha pensar que fui feita de ti, não fui! Seu amor tolo, suas tatuagens em vão, não adianta estar em seu peito o meu nome, que de nome não se vive uma paixão. Assumo minha cafonice, a minha terapia semanal, os comprimidos e os pilates, mas assume-se um desalmado e basta. Escroto maldito!

Ele:
Você me olhou de dentro da sua epiderme, mas aí dentro só existe desamparo e carência, eu fui a sua fonte donde jorrou todas as suas emoções. E ainda sou. Você diz que não é feita de mim, mas fui o molde de seu peito que agora não é mesmo. Sim, eu sou como o Deus grego Urano, você sempre será a minha Afrodite. Um escroto maldito! Também sou a tristeza que lhe percorre e modifica. Faço da solidão apenas um gole de mim mesmo, um gole a mais. Joguei-me no seu mar de paixão, mas a minha paixão não renasce de cinzas ou tem sangue eterno, ela logo se afoga por si mesma. Não viu o quão meu corpo é um mapa? Tenho todas as cores, todos os nomes, todas as vidas que já morreram. Você para mim é um poema de morte, não um poema de desilusão que mancha a sua atual agenda. Deixe na memória aqueles suspiros, aqueles grunhidos animais, há ainda muitas noites para preencher. E eu, se da minha pele ninguém mais gozar, faço dela capa de um livro, o livro negro dos amores, mas esqueça as suas páginas nunca lhe toquei a mente. ”

Enfim, a qual música se refere?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Do feriado e das últimas - eternas - lágrimas..

Existe uma grande necessidade de mudança no mundo, e isso pode ser observado em todos os cantos, em diferentes aspectos.
Desde a evolução do ser humano, das guerras e das revoluções até o simples encaminhar de uma amizade e de uma pessoa.
Por isso eu proclamo; ’Eu sou a metamorfose’. Como disse anteriormente não basta mais ser somente uma pessoa, eu preciso experimentar tudo e todos, ter todas as vontades e satisfazer todos os meus desejos, e satisfazer principalmente os meus não-desejos.
Para aqueles que têm uma ótima relação familiar, que aproveitem, eu vou buscar o meu lar, na verdade estou buscando. Nunca tive uma família feliz para sentar-se à mesa. Aprendi a conviver com isso desde cedo, quando era chamado de prostituto pra baixo. Isso já me machucou muito, e por tudo isso chorei minha ultimas – eternas – lágrimas. A intenção é sair de lá o quanto antes, na verdade, eu estou indo pra bem longe, futuramente falarei mais sobre isso.
De terça pra quarta houve uma festa na casa de um grande amigo meu, e na verdade sempre tem festa lá quando os pais dele viajam. A casa fica cheia de instrumentos musicais e se houve um rock n’ roll, indie, samba por todos os lados. Aquela mesa cheia de bebida – barata e vagabunda – trazida pelos meus amigos pobres. Na casa misturam-se gays, lésbicas, punks, hippies e playboys. Mas uma vez fiquei com alguém que tenho ficado durante certo tempo, tenho que me policiar para não acabar gostando novamente. Meus dedos estão machucados por ter tocado guitarra, agressivamente.
Vale ressaltar a minha performance horrível de David Bowie e Amy Winehouse. Durante a madrugada sexo casual rolava nos quartos, foi bem interessante ver algumas cenas. Primeiro ao chegarmos a casa, meu amigo – heterossexual, estudante de Física na USP – junta uns meninos no quarto e me mostra, fazendo com que eu beijasse todos e exigindo que eu usasse o quarto, deixando-o com cheiro de sexo. Vou abstrair detalhes dessa vez.
Minha parte favorita foi cheirar cocaína na capela da casa – visto que é uma família bastante religiosa. Foi um paradoxo muito grande a me ver ajoelhado em frente à imagem da santa, cheirando cocaína, e com pensamentos totalmente contrários aos católicos. Lembro-me que bebi todo o vinho que tinha na capela.
Enfim, que venha tudo, eu agüento!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Do primo, de São Paulo e da recuperação..

Às vezes me pego pensando se ainda existem heterossexuais no mundo. É claro que existem, sim – a pergunta é simplesmente pelo fato de muitas coisas acontecerem. Mas o ser humano é tão movido a desejo e instinto, não? O que é algo que definitivamente me excita. Por exemplo, quando vou para São Paulo, todos aqueles prédios, é tudo tão cheio de vida, glamour e degradação. O marido que bate na esposa e nos filhos, o pai de família que vai procurar garotos na rua enquanto a esposa dorme, a filha evangélica que faz sexo com todos que encontra. Enfim, ver essa podridão toda me excita demais.
Semana passada estava no MSN quando o meu primo de Caraguá – litoral norte de São Paulo – começa a falar comigo, só que de um jeito que nunca havíamos conversado antes.. Resultado: quer desesperadamente ficar comigo. É claro que eu vou ficar com ele! Branco, cabelos negros e lisos, magro, louco pra ter sua primeira experiência com um homem.. e já se mostrou tão aberto as possibilidades que quanto mais ele der corda mais eu vou puxar – até enfocá-lo.
Esse sábado teve Motomix – Festival no Ibirapuera com muitas bandas do cenário Indie. Nada muda mesmo, mas talvez eu não queira que mude.
Sem bebidas lá, fomos ao Autorama – lá rola sexo com desconhecidos em seus belos caros – e uma garrafa de Catuaba, caipirinha de Sagatiba, outra garrafa de catuaba. Nesse ponto eu já dançava e arrancava levemente a minha roupa, enquanto beijava meu amigo e fazia graça pros carros que passavam bem devagar me olhando. Sabendo que me olhavam minha única vontade era torcer mais ainda meu corpo, arrancar minhas calças, abrir minhas pernas, fluidos corporais.
No caminho de volta, mais um baseado, meus amigos me tocando, beijando, desconhecido chega, pega, aperta, parte. Álcool, mais álcool.
Augusta, pessoas, baygon, cocaína, cocaína e cocaína.
Enfim, acho que não preciso ficar detalhando tudo, as historias são sempre as mesmas – e hoje, me recuperando do final de semana, pra trabalhar eu estou sobre o efeito de antidepressivo e licor de cereja – então não vai dar pra ficar falando muito.
Aos que comentam, eu só tenho que agradecer.
Beijo especial para o Bruno D’Ugo e para o Tiago por ter sido a minha madrugada.

Muah!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Das bebidas, do banheiro..

Geralmente os meus finais de semana começam numa quarta/quinta-feira, mas devido a última semana de aula na faculdade, a minha começou na segunda (passada).
Depois de ter quase sido preso por postura indecente em público no shopping da cidade - que por sinal, estou proibido de frequentar - a minha quarta-feira não podia ser diferente.
Devido a minha grande tendência a ser bem auto-destrutivo, e assumo esse comportamento muito bem - isso até me lembra Rimbaud - fui me encontrar com alguns amigos, e daí vem aquela coisa toda de comprar bebidas (cervejas, vodka e whiskey!) e cocaína também, claro.
Chegamos em sua casa, as paredes laranjas, os puffs, aquele espelho imenso. Dançava ao som de Portishead enquanto bebia, e a fumaça me envolvia. Via(m) claramente meu corpo se mexer através do espelho.
Algo mais forte, Psycobitch!
E aí começamos com a cerveja, toda aquela conversa chata e vadia sobre moda, pessoas, e sobre como somos "foda".. adoro isso, você não?
Carreiras, cocaína no cigarro, boca amortecida. Com tudo isso o que me sobrou foi dar em cima do meu amigo casado - afinal, o marido dele não estava em casa.
A melhor parte de toda a loucura foi ter dançado valsa. E cocaína, muita cocaína.
Sexta-feira pizzada com o pessoal da empresa, não é nada a minha cara, então a única forma de passar por tudo isso seria beber pesadamente. Desce, então, Chivas Regal com Red Bull. Tive certeza que um dos funcionário ficava me olhando, e o olhar foi recíproco, mas não rolou nada.
Saindo de lá, fui para um bar hetero e um cara pede pra me conhecer, fomos no banheiro - que por sinal estava lotado, mas ninguém ficou assustado com dois caras entrando na mesma cabine.
Ele me beijava e me prensava contra a parede, eu pegava em seu pescoço, sua bunda. Aquele gosto de vinho. Aquele jogo mental que você sabe que não vai dar em nada, mas mesmo assim você tem que jogar - no fundo isso me excita sim, tenho que assumir.
Me fazia pegar no seu pau e forçava minha cabeça pra baixo para que eu o chupasse. Não hoje.
Sábado festinha junina - afinal, estamos em Junho, não!? - a única coisa que pude fazer foi comprar mais cocaína e cerveja e me esconder do resto daqueles pessoas feias, dançando aquelas músicas, com os seus flertes heteros manjados.
Isso me dá tanto nojo.

Enfim, estou muito chato hoje!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Do dia em que brindei minhas tristesas

Mais uma vez é da seguinte forma que acontece, quando demonstram interesse por você, isso não te excita tanto, agora quando você tem que correr atrás, e o faz, acaba se fudendo (desculpe o uso da palavra) porque no final vai ser chutado, afinal, vai aparecer outro.

Acho que a pior parte é escutar : "Não fique triste, você é tão bonito, você era demais pra eles.. outros viram!"

Enfim, brindo então todos aqueles que me machucaram, que me chutaram e fizeram qualquer ação parecida, e brindo os que viram! Mal posso esperar..

Minha frase definitivamente é: "When I hit the bottle, 'cause i'm afraid to be alone" - Para os leigos, não vou traduzir!


Levando em consideração a minha frase, nao tive outra atitude a não ser beber pesadamente com "amigos", até mesmo porque era mais pra um encontro, em lugar super público e super hetero.


Minha valvula de escape foi o alcool e o garotinho que estava na minha frente, que eu o arrastei para o banheiro onde ficamos cerca de meia hora. Começamos nos beijando lentamente, sentindo lingua, cheiro, gosto. Passava minhas maos pelo seu corpo acelerando o ritmo, gruava em sua bunda e esfrevaga meu corpo em sua.


Pressionava meu pau contra ele, mordia sua boca, chupava sua lingua, arrancava a saliva de sua boca. Chupava seu pescoço e apertava seu abdomen. Com força, machucava. Abri o zíper de sua calça e comecei a masturbá-lo, e com a outra mão abri os botões da minha calça e ele começou a tocar o meu sexo. Quando ele estava pronto para me chupar, alguem bate na porta.

Saí normalmente alegando estar sozinho no banheiro e caminhando em direção à saída, passando pelos guardas do shopping.

Quando ouço o segurança gritar "Ele não está sozinho, segura ele.", fui tomado por um impulso e tudo o que consegui fazer foi correr até a saída.

Espero que meu 'amigo' - que ficou preso no banheiro junto com os seguranças - esteja bem.

Mas se não tiver, coisas ruins acontecem sempre.



*

terça-feira, 17 de junho de 2008

Do dia do ponto de ônibus..

Fiquei puto da vida porque perdi a porra da van pra ir pra faculdade, aquele motorista feio, cabelo ruim.. crespo.. crespo! Deve ser frustado na vida por ser um mero motorista de van, que vivi individado e tem uma mulher gorda e uma filha vagabunda. (reconheço que mereço apanhar depois desse comentario - isso sé me faz querer mais!)
Enfim, perdi aquela droga de van e fui pro ponto de onibus, quando eu vejo um Sr. aparentando uns 43 anos anos ficar olhando pra mim e apalpar as suas partes intimas, e como eu sou realmente um vagabundo, puto ( e anonimo!) nao pude evitar de dar corda - precisava saber até onde tudo isso daria.
Então com o ponto de ônibus vazio, ele se aproxioma e diretamente me questiona com o vocabulario mais podre com o qual já fui abordado; "Vai uma gulosa?"
Imediatamente digo que não, sem acrescentar explicações, mais nao consigo evitar o olhar esperançoso que eu lancei para ele.
Outro casado que procura sexo homossexual fora de casa.
Isso só me diverte, e so me faz ver como o mundo é uma bosta mesmo.

Mas ainda bem que é uma bosta, caso contrário, não restaria muito de mim.

Totalmente com tesão agora, escutando Björk - All neon like.

Sr Bruno, agradeço a interesse pelo meu corpo, mas por privacidade nao posso te dar detalhes, mas garanto que o Sr. apreciaria.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Da semana passada..


Estava pensando,

tenho ido pra cama com todas as pessoas erradas.


Mas deixo claro que isso somente acontece por ainda nao ter ido com a pessoa certa. Defino as pessoas erradas por serem as que nao me acrescentam muita coisa a nao ser o ato sexual. coito, cio, trepada, foda.


Quero sim achar alguem que me de tudo o que eu quero. Aqueles que tocaram meu corpo, nao tocaram minha alma.. Aqueles que tocaram minha alma, nao foram capaz de tocar meu corpo.


Imagino a pessoa certa (falo pessoa pois nao vou me limitar ao sexo - inclusive, se houver um terceiro sexo, estou aqui!) como sendo aquela com quem eu passerei a madrugada falando de filosofia, teologia.. chegaremos cocaina a madrugada topa, e fariamos sexo como dois animais no cio, ouvindo boa musica.

Descobri que preciso usar meu corpo de todas as formas possiveis, para conhecer tudo, e ter experiencia de tudo.. já não basta mais ser somente um, serei tudo e todos.

O que as pessoas nao sabem, é que eu posso me transformar em qualquer coisa.
Ao Sr. Bruno que comentou, obrigado por mostrar interesse em acompanhar, a reciproca será verdadeira, acredite.
Auf Wiedersehen

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Do dia em que eu me vendi..

Foi ontem a noite.
Terminei a droga da prova da faculdade e fui direto para o bar, aonde comecei a beber pesadamente.
Peguei uma carona pra casa e quando me deixaram na rua, eu fui pra esquina - coisa que eu geralmente nao faço, mas o alcool sempre tem efeitos diferentes em mim, e eu queria que alguem parasse me transasse comigo. Sexo é algo tão facil, nao?!
Não sou feio, muito pelo contrario, e nao preciso disso.. mas sou meio vagabundo mesmo, piranha!
Depois que alguns carros passaram, um parou e perguntou o que eu queria (não é obvio?!). Entrei imediatamente no carro e fomos comprar cerveja, depois disso... rua deserta e escura.
Começou a me ler, falando que eu nao era de fazer isso. Ele podia falar o que ele quisesse, mais ele estava ali pra ser chupado.. e na hora em que abria o ziper e colocava o seu pau pra fora ele nao queria saber se eu fazia isso ou nao. 39 anos.
Ele ate tinha um gosto interessante, foi bom chupa-lo.. enquanto ele segurava a minha cabeça e socava na minha boca, e gemia. Gritava.
Nao contente com isso voltei pra esquina e com o dinheiro que eu tinha conseguido com o cara de cima, decidi ir beber mais.. pesadamente!
No caminho, para um onibus da empresa Clarear e o motorista me oferece carona, claro que tanto eu como ele sabiamos o que ele queria, e sabiamos que eu nao ia falar nao.
Não sei a idade, mas era casado, e eu aproveitei pra entrar na mente dele e dizer que eu tinha 17 anos e porque ele nao fazia isso com a mulher dele ao inves de ficar procurando meninos por ai.
Beijei a força quando fui empurrado de volta pro chao, onde voltei a chupa-lo. Ele tinha o pau fino.

Basicamente essa foi a noite.
Feliz dia dos namorados.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Do dia em que tudo começou..

Agora essa merda vai ter que sair.
Hesitei muito antes de começar isso, mais agora que eu comecei vou ter que ir até o final. Caso isso não dê certo, sempre existe a opção de se excluir.
Escolhi Carlos Eduardo como heterônimo, que é o nome de um professor que eu tenho vontade de transar, ele tem um corpo lindo, uma bunda maravilhosa, e o pinto nao deve ficar muito atras - inclusive ele já habitou muitas vezes minha mente sem ele mesmo saber, e fizemos todas as posições - com ele minha favorita era de pé.
Estou fazendo o blog porque decidi que vou falar todos os detalhes da minha vida, os mais podres, os mais sórdidos e tambem os inocentes.
Talvez um dia eu me revele aqui, enquanto nao chegar esse dia.. se divirtam/deprimam/enjoem com minha vida.


muah!