quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Dos inferninhos e daquela casa..

Foi no mês de Julho, dois anos atrás. Me lembro que naquela época bissexualidade estava na moda. Meninos e meninas beijavam bocas do mesmo sexo. Se tocavam. Eu só pude me aproveitar de todas as meninas e meninos que passavam pela minha mão, pela minha língua e por meus pêlos.
Eram corpos descartáveis.. pessoas que não tinham a menor inteligência. Tudo bem, porque eu queria mais é que todos se fodessem, o que me interessava eram suas cuecas e calcinhas. Pelos inferninhos e cantos escuros todos se pegavam. Mordia lábios, machucava a cintura e pressionava meu pau contra suas coxas.
Enfim.. no meio dessa 'moda' toda, um dia encontro o meu vizinho. Em Julho, então, saímos com uns amigos em comum para o centro da cidade - aquela zueira idiota de beber vinho barato, cerveja, uns pegas pelas esquinas. Mas naquele dia ele iria conhecer um outro lado disso tudo. Encontrei com o cara que me apresentou o traficante - que na época eu tinha catorze anos - e nós iríamos para a festa de aniversário dele.
Antes de chegarmos lá, nos compramos cocaína e mais umas cervejas - trinta latas. Chegando lá, drogas e bebidas em cima da mesa. Belíssimos garotos de programa desfilavam por lá. Um sobrado com uma bela piscina, vários carros caros na garagem, um jardim. Confesso que um me chamou a atenção, era um loiro alto, forte, barba por fazer, chapéu de cowboy.. mas ele estava com o dono da festa, e por mais que eu tivesse intimidade com ele, não ousaria atravessar seu caminho. Mesmo estando lá por própria vontade, eu queria muito que alguém me tirasse de lá. Numa mesa no canto, um homem - visivelmente drogado - falava bobagens pra todo mundo, ameaçava sacar a arma. Eu precisava que alguém me tirasse de lá o mais rápido possível. Dentro do sobrado uma mulher fumava maconha e assistia televisão enquanto algumas pessoas se pegavam no sofá ao meu lado. Precisava sair de lá. Não lembro em que momento eu saí, nem se algo relevante aconteceu. Só sei que só fui relaxar quando eu estava em casa, na minha cama.. pra onde eu poderia não ter voltado.



UPDATE:
Isso foi a dois anos atrás, e foi a última vez que o vi. Hoje em dia meu contato com esse tipo de gente é bem restrito. A falta de detalhes nesse texto se deve ao fato do meu excessivo uso de álcool e drogas na época, fazendo com que alguns detalhes me fugissem a mente.
Dia 17 vou para São Paulo - Capital, ficarei uma semana. Baladas, Bares e Show da Madonna. Sábado, dia 20, estarei na The Week.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Do traficante e da euforia..

Foi logo quando eu comecei a passar as madrugadas fora de casa. Eu tinha catorze anos - ele vinte e um - e definitivamente não fazia idéia do tipo de gente que iria conhecer. Como de costume, eu esperei meus pais dormirem, peguei a chave de casa e saí. Eu não sabia direito aonde estava indo, sabia que tinha que encontrar aquele que foi meu primeiro beijo - não minha primeira transa.
Eram umas onze horas quando o encontrei na esquina de uma padaria no centro, me esperando com cerveja e maconha. Enquanto ele bolava o mais lindo baseado que eu já vi na vida - fininho e perfeito - ele me falava que iríamos pra casa de um amigo, e que eu iria adorar. Chegando no apartamento, de certa forma elegante, tinha uma bicha gorda sentada na chão, se entupindo de whiskey em frente a uma mesa de centro. Ao lado um outro viado metido. Mesmo tendo somente catorze anos naquela época, sempre tive uma ótima cabeça para a minha idade, nunca tive postura de moleque, o que facilitou com que eles me aceitassem sem nenhum problema.
A madrugada foi entrando enquanto aquele gordo me falava de dois garotos de programa que haviam - a pouco - deixado a apartamento, mostrando as cuecas deixadas pra trás. Me falava das posições, das cores e dos tamanhos. Eu ia bebendo cada vez mais whiskey. Num determinado momento da noite, o telefone toca e ele - o dono da casa - fala: 'Não atende, é a polícia'. Aquela frase me deixou de certa forma assustado, mas a excitação era maior. Beijava na cozinha imaginando que talvez, a qualquer momento a polícia poderia entrar. Mais do que beijava, tocava. Ainda lambia, pedia e mordia por entre meus lábios, pelas minhas pernas que tremiam. Catorze e vinte e um.
Enquanto o telefone tocava, ele tirou um prato cheio de cocaína de baixo da mesa de centro. Foi uma visão interessante.. ver aquele porco ditador, gay e rosa, cheirando e bebendo sem parar, mostrando repentinas alterações de humor. Dias depois fui descobrir que ele era traficante, e já tinha até aparecido no Fantástico sendo preso. No dia seguinte, fui pra aula cheirando alcóol. Um garoto de catorze anos, estudante do primeiro ano do segundo grau, alguém imagina?