segunda-feira, 28 de julho de 2008

Da mesa de bilhar e do quarto ao lado..

Minha intenção ao criar o blog nunca foi derramar aqui minhas lágrimas ou transformá-lo numa explosão emocional, muito embora eu já faça isso de certa forma e acredito que isso irá se intensificar cada vez mais.

Não me lembro bem quando foi que isso aconteceu, deve ter sido uns dois anos atrás. Pelo que me lembro tudo começou pela internet através de amigos em comum e marcamos - depois de uma certa enrolação - de nos encontrar no shopping, na cidade onde ele mora. Chopp, álcool pra começar, pra soltar. Todo aquele ritual, aquela conversa ensaiada, pensada, com as palavras certas. Nós sabíamos desde o início onde tudo isso iria terminar, e ainda assim existia um manual de boas maneiras a se percorrer - uma dança do acasalamento. Assim seguiu aquela conversa chata e sem conteúdo, mascarando vontades. Pode até ser que ele não tivesse intenção ou até mesmo vontade, mas eu não estava disposto a voltar pra casa sem um sabor, odor, mão.

Saímos de lá e fomos pra casa de uns amigos dele - que hoje também são meus amigos - onde bebemos mais (lê-se 'bebi') e jogamos bilhar (lê-se 'tentei jogar').

Provavelmente a culpa foi do vinho, ou da luz amarelada em cima da mesa junto com Inplástika no rádio. Aquilo foi bagunçando a minha mente, misturando meus pensamento de como que o que eu mais precisava fazer era degutar cada pedaço da sua carne. Tento sempre disfarçar, mas eu não tenho controle sobre o meu corpo. Via sua roupa marcando levemente o seu corpo.

Nessa hora o beijo já tinha acontecido, leve, tasteless, e nessa hora quem cantava era Chico Buarque e a maldita Geni. Construção.

Não me lembro ao certo de onde surgiu, mas houve uma cena de beijo, nós dois deitados sobre a mesa de bilhar enquanto os outros observavam e gritavam algo.

E o teatro todo foi durando e durando, eu mais e mais querendo acabar logo com tudo isso, fazer todos sumirem. Acho que o vinho já tinha acabado quando nós fomos para o quarto escuro ao lado. Acho que tinha uma estante com livro, não sei se me lembro de quadros.

Mas me lembro do beijo melhor, me lembro de ele ser menor. Me lembro de passar minha mão em seu corpo, prenssar meu sexo entre suas pernas, novamente uma dança. Vagabundo.

A certo ponto minha reação foi ajoelhar-me na sua frente, colocando seu pau pra fora e colocando em minha boca. Não tive tempo de fazer muita coisa, quase nada. Na verdade foi muito rápido.

Foi recíproco, ele também me chupou. Enfiou sua cara entre minhas pernas, meus pelos.

Nem metade do que eu quero fazer com ele.. Aguardo minha vez!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Do desafio lançado..

Eis o desafio.. Para quem associar o texto abaixo a uma musica bem famosa terá a sua disposição, se quiser, meus favores sexuais em (quase) todas as suas vertentes. Ou então os favores sexuais de alguém que eu possa persuadir.
Eis o texto:

“ Ela:
Queria lhe dizer que meu peito murchou como uvas-passas, minguou, pequeno e frágil, mas saiba que essa fruta logo apodrecerá até cair destes galhos retorcidos para enfim, em uma pródiga primavera, uma flor vermelha acalme este vazio.Posso até estar podre, mas você está perdido. Ainda sinto saudade porque não sou de pedra como o seu coração, eu sou o útero que você não tem, o útero que me faz sublime. Ainda colheu o meu amor como colhe de tantas outras vadias, mas eu me vingo dando-lhe a solidão dos outros corpos vendidos. Nunca mais me terá por inteira, para ti posso ser apenas a metade enfurecida. Eu fui o ponto máximo de sua vida e a sua queda foi fatal e perfeita ao meu ego. Já te vejo dançando sem par nenhum, todas as suas mulheres cansadas de sua beleza passageira. É, a sua pele deteriora a cada tragada de cigarro, a cada porre amargo. Está no caminho aonde os miseráveis vão para morrer. Nenhum amor sustenta-se sozinho, logo se deteriora, se rompe, se esfola. É triste, mas é a tristeza que acorda e modifica o homem. Não vivo de felicidades, nem de amor e súplicas; tenho o corpo marcado de todo um universo. Então não venha pensar que fui feita de ti, não fui! Seu amor tolo, suas tatuagens em vão, não adianta estar em seu peito o meu nome, que de nome não se vive uma paixão. Assumo minha cafonice, a minha terapia semanal, os comprimidos e os pilates, mas assume-se um desalmado e basta. Escroto maldito!

Ele:
Você me olhou de dentro da sua epiderme, mas aí dentro só existe desamparo e carência, eu fui a sua fonte donde jorrou todas as suas emoções. E ainda sou. Você diz que não é feita de mim, mas fui o molde de seu peito que agora não é mesmo. Sim, eu sou como o Deus grego Urano, você sempre será a minha Afrodite. Um escroto maldito! Também sou a tristeza que lhe percorre e modifica. Faço da solidão apenas um gole de mim mesmo, um gole a mais. Joguei-me no seu mar de paixão, mas a minha paixão não renasce de cinzas ou tem sangue eterno, ela logo se afoga por si mesma. Não viu o quão meu corpo é um mapa? Tenho todas as cores, todos os nomes, todas as vidas que já morreram. Você para mim é um poema de morte, não um poema de desilusão que mancha a sua atual agenda. Deixe na memória aqueles suspiros, aqueles grunhidos animais, há ainda muitas noites para preencher. E eu, se da minha pele ninguém mais gozar, faço dela capa de um livro, o livro negro dos amores, mas esqueça as suas páginas nunca lhe toquei a mente. ”

Enfim, a qual música se refere?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Do feriado e das últimas - eternas - lágrimas..

Existe uma grande necessidade de mudança no mundo, e isso pode ser observado em todos os cantos, em diferentes aspectos.
Desde a evolução do ser humano, das guerras e das revoluções até o simples encaminhar de uma amizade e de uma pessoa.
Por isso eu proclamo; ’Eu sou a metamorfose’. Como disse anteriormente não basta mais ser somente uma pessoa, eu preciso experimentar tudo e todos, ter todas as vontades e satisfazer todos os meus desejos, e satisfazer principalmente os meus não-desejos.
Para aqueles que têm uma ótima relação familiar, que aproveitem, eu vou buscar o meu lar, na verdade estou buscando. Nunca tive uma família feliz para sentar-se à mesa. Aprendi a conviver com isso desde cedo, quando era chamado de prostituto pra baixo. Isso já me machucou muito, e por tudo isso chorei minha ultimas – eternas – lágrimas. A intenção é sair de lá o quanto antes, na verdade, eu estou indo pra bem longe, futuramente falarei mais sobre isso.
De terça pra quarta houve uma festa na casa de um grande amigo meu, e na verdade sempre tem festa lá quando os pais dele viajam. A casa fica cheia de instrumentos musicais e se houve um rock n’ roll, indie, samba por todos os lados. Aquela mesa cheia de bebida – barata e vagabunda – trazida pelos meus amigos pobres. Na casa misturam-se gays, lésbicas, punks, hippies e playboys. Mas uma vez fiquei com alguém que tenho ficado durante certo tempo, tenho que me policiar para não acabar gostando novamente. Meus dedos estão machucados por ter tocado guitarra, agressivamente.
Vale ressaltar a minha performance horrível de David Bowie e Amy Winehouse. Durante a madrugada sexo casual rolava nos quartos, foi bem interessante ver algumas cenas. Primeiro ao chegarmos a casa, meu amigo – heterossexual, estudante de Física na USP – junta uns meninos no quarto e me mostra, fazendo com que eu beijasse todos e exigindo que eu usasse o quarto, deixando-o com cheiro de sexo. Vou abstrair detalhes dessa vez.
Minha parte favorita foi cheirar cocaína na capela da casa – visto que é uma família bastante religiosa. Foi um paradoxo muito grande a me ver ajoelhado em frente à imagem da santa, cheirando cocaína, e com pensamentos totalmente contrários aos católicos. Lembro-me que bebi todo o vinho que tinha na capela.
Enfim, que venha tudo, eu agüento!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Do primo, de São Paulo e da recuperação..

Às vezes me pego pensando se ainda existem heterossexuais no mundo. É claro que existem, sim – a pergunta é simplesmente pelo fato de muitas coisas acontecerem. Mas o ser humano é tão movido a desejo e instinto, não? O que é algo que definitivamente me excita. Por exemplo, quando vou para São Paulo, todos aqueles prédios, é tudo tão cheio de vida, glamour e degradação. O marido que bate na esposa e nos filhos, o pai de família que vai procurar garotos na rua enquanto a esposa dorme, a filha evangélica que faz sexo com todos que encontra. Enfim, ver essa podridão toda me excita demais.
Semana passada estava no MSN quando o meu primo de Caraguá – litoral norte de São Paulo – começa a falar comigo, só que de um jeito que nunca havíamos conversado antes.. Resultado: quer desesperadamente ficar comigo. É claro que eu vou ficar com ele! Branco, cabelos negros e lisos, magro, louco pra ter sua primeira experiência com um homem.. e já se mostrou tão aberto as possibilidades que quanto mais ele der corda mais eu vou puxar – até enfocá-lo.
Esse sábado teve Motomix – Festival no Ibirapuera com muitas bandas do cenário Indie. Nada muda mesmo, mas talvez eu não queira que mude.
Sem bebidas lá, fomos ao Autorama – lá rola sexo com desconhecidos em seus belos caros – e uma garrafa de Catuaba, caipirinha de Sagatiba, outra garrafa de catuaba. Nesse ponto eu já dançava e arrancava levemente a minha roupa, enquanto beijava meu amigo e fazia graça pros carros que passavam bem devagar me olhando. Sabendo que me olhavam minha única vontade era torcer mais ainda meu corpo, arrancar minhas calças, abrir minhas pernas, fluidos corporais.
No caminho de volta, mais um baseado, meus amigos me tocando, beijando, desconhecido chega, pega, aperta, parte. Álcool, mais álcool.
Augusta, pessoas, baygon, cocaína, cocaína e cocaína.
Enfim, acho que não preciso ficar detalhando tudo, as historias são sempre as mesmas – e hoje, me recuperando do final de semana, pra trabalhar eu estou sobre o efeito de antidepressivo e licor de cereja – então não vai dar pra ficar falando muito.
Aos que comentam, eu só tenho que agradecer.
Beijo especial para o Bruno D’Ugo e para o Tiago por ter sido a minha madrugada.

Muah!